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26 de maio de 2008

Eu, Você e Todos Nós


Título Original: Me and You and Everyone We Know
País de Origem: EUA/UK
Gênero: Dramédia
Ano de Lançamento: 2005
Direção: Miranda July

Christine (Miranda July) é uma artista performática que sonha em expor seu trabalho e enquanto isso ganha a vida como motorista de idosos. Ela usa a arte como forma de aproximação das pessoas - é como ela consegue combater sua timidez. Enquanto tenta uma oportunidade de expor o seu talento, ela conhece Richard (John Hawkes), um vendedor de sapatos, recém-separado, pai de dois filhos e que não sabe lidar com os próprios sentimentos. Seus filhos, passam por experiências semelhantes e apesar da idade, 7 e 14 anos, lidam com isso de uma forma mais madura. O mais velho, Peter (Miles Thompson), gosta de uma menina obcecada por utensílios domésticos que já prepara o seu enxoval pesando na futura família. O menor, Robby (Brandon Ratcliff), é viciado em internet e troca - ingenuamente - mensagens com uma pessoa desconhecida num site de bate papo.

Paralelo a isso temos o núcleo dos idosos para quem a Christine dirige - e aqui nesse núcleo é onde acontece uma das partes, mas sensíveis em sua simplicidade, quando em uma das suas viagens eles percebem que no carro do lado o motorista esqueceu, no teto do carro, o peixinho que a filha tinha acabado de comprar, percebendo a situação eles concordam que aquelas são as ultimas horas do peixe e decidem dizer algumas palavras em memória, caso aconteça o que eles imaginam que está para acontecer. É uma situação boba e aparentemente simples, mas retratada de uma forma tão sensível que chega a ser tenso descobrir qual será o destino do peixe.

O filme tenta sempre passar uma mensagem para o espectador como, por exemplo, quando o colega de trabalho de Richard alerta para os perigos de se criar os filhos na sociedade atual, cheia de pervertidos e pessoas de má índole. E logo em seguida prova que é realmente muito difícil, pois os dois personagens que poderia de forma perfeita se encaixar nessas características (a de pervertido seria o próprio colega de Richard, e a de má índole seria a curadora do museu onde Christine deseja expor seu trabalho) são retratados como pessoas solitárias e tímidas. Incapazes de atos incoerentes aos ditados pela sociedade.

A ambientação do filme é bem contemporânea, com citações da cultura pop como a referencia a "Freak Friday", personagens excêntricos com famílias desestruturadas buscando retratar a dificuldade desses personagens em se relacionar uns com os outros. Tudo isso narrado através de um trabalho de fotografia e montagem simples (porém satisfatório), intimista e bastante sensível.

Todo o elenco do filme está excepcional desde o casal principal até o casal de idosos passando pelos filhos do Richard, e aqui destaco o mais novo que demonstra uma melancolia sem dar sequer um sorriso, mostrando que apesar de criança a vida adulta chegou cedo pra ele. O roteiro do filme é muito inteligente e sensível retratado de forma satisfatória pela iniciante Miranda July que faz o papel da Christine.

Se fosse para escolher as melhores cenas do filme (não dá pra escolher só uma), eu escolheria a do encontro de dois personagens num banco de uma praça (não vou dizer quais, para não estragar a surpresa de quem ainda não viu). É o encerramento da trama que se referia à comunicação por internet, um encontro que poderia ser facilmente ridicularizado é resolvido da maneira mais compreensiva e sensível possível, com gestos que dizem muito mais que diálogos desnecessários. Seguida de perto pela cena do peixe e logo depois pela metáfora criada com a vida de casados através de uma simples caminhada do casal principal, da loja de sapatos até seus carros.

Cotação: 10,0

7 comentários:

Anônimo disse...

10?? Nossa, despertou meu interesse. Alias, um de meus críticos preferidos o havia apontado como um dos 10 melhores filmes de 2005. Mas nunca o encontrei para assistir.

Espero pode agora, com certeza, depois de seus elogios.

Ciao!

Anônimo disse...

Apesar de todos os comentários positivos, nunca vi esse filme. Após sua crítica, com certeza irei procurar nas próximas visitas à locadora. Surpreso com a nota...

Abraço!

Kamila disse...

Sei que esse filme foi super elogiado, mas eu não gostei muito. Achei várias das situações retratadas pelo longa muito forçadas.

Ygor Moretti disse...

lEGAL TEU BLOG ...TÁ LINKADO JÁ, MUITO INTERESSANTE VER ESSA GAMA DE FILMES MAIS ALTERNATIVOS...

Lucas Santtos disse...

Texto interessante, apesar de eu estar meio longe de filmes ultimamente eu quero fazer uma maratona e ver alguns que estou curioso em assistir!
-

American Idol eu tb gostei do resultado, tipo aidna estou atrasad, mais foi impossivel nao ver quem ganhou né? Agora resta esperar o CD mesmo!

Voltah!

Sergio Deda disse...

Nunca vi esse filme, mas procurarei assistir.. se vc tiver vc me empresta
hehehhe

flws

Petterson Lima disse...

Marcelo não sei se já te contei
Mais o link de ''Não por acaso'' que você me arranjou pegou perfeitamente cara.
Valeu.