7 de maio de 2008
Antes do Pôr-do-Sol
País de Origem: EUA
Gênero: Romance
Ano de Lançamento: 2004
Direção: Richard Linklater
Jesse (Ethan Hawke) e Celine (Julie Delpy) se conheceram por acaso em uma viagem de trem que ia de Budapeste a Viena, passando o resto do dia juntos e se separando no início do manhã seguinte (mas essa parte da historia é contada pelo antecessor deste, chamado Antes do Amanhecer, de 1995). Agora em 2004, nove anos depois eles se reencontram, novamente por acaso. Jesse agora é um conhecido escritor, enquanto Celine trabalha para a cruz verde, uma organização de proteção ao meio-ambiente. Jesse está em Paris para promover seu mais novo livro (que fala justamente sobre aquela noite “Antes do Amanhcer”) e, após reencontrar Celine, passa com ela algumas horas, até “Antes do Pôr-do-Sol”, divagando sobre o que aconteceu em suas vidas em todos estes anos.
O filme é muito mais que apenas um reencontro de dois amantes que se afastaram por obstáculos da vida. É uma chance de refletir sobre todos os “se..” que perseguiram as imaginações deles durante esses nove anos (What if you had a second chance with the one that got away?). É sobre escolhas, frustrações, ilusões e desilusões. É sobre dois adultos um pouco desiludidos, mas ainda cheios de esperança. A diferença entre os dois filme é que enquanto o primeiro possui a impulsividade da juventude, este tem a experiência de vida, a maturidade.
O tempo é uma peça importante para a realidade narrativa que o filme passa, o casal tem pouco mais de uma hora para ficarem juntos, já que o avião do Jesse esta prestes a partir, e o filme é narrado esse breve espaço de tempo. Todo em tempo real e de forma muito satisfatória, através de vários planos-sequências (muito bem realizados) que juntos se completam formando o tempo exato que os personagens estiveram juntos. E que aliado a belíssima fotografia de uma Paris amarelada do pôr-do-sol deixa o resultado ainda mais espetacular, uma vez que juntando diversos planos filmados em dias diferentes dão a continuidade convincente que o filme necessita.
O fator realidade do filme não se resume apenas ao tempo, o roteiro foi escrito por Ethan Hawke e Julie Delpy em pareceria com o competente Richard Linklater, diretor do filme. E isso eu li em uma entrevista com o Linklater – que em um quarto de hotel, ainda durante as gravações do primeiro filme, eles tiveram a idéia, e durante mais ou menos um ano os atores foram mandando diálogos e monólogos através de email para ele, Linklater, que se encarregou de compilar as idéias e editar o roteiro. Ele afirma ainda nessa entrevista que não teve nada improvisado e que quase nada foi cortado, o que é um mérito incrível visto que não é fácil atingir o grau de realidade e simplicidade que tem esse longa através de um texto pronto que podia soar falso, a depender da competência dos profissionais envolvidos, o que não ocorre de forma alguma, pelo contrário chega a deixar a impressão de que foi tudo improvisado mesmo. Os planos-seqüências tornam-se ainda mais atrativos quando sabemos disso, não é fácil manter aquela naturalidade por pouco mais d 10 minutos, e ainda sem cortes, ou seja, prova da competência indiscutível dos ótimos Ethan Hawke e Julie Delpy e como não, do Richard Linklater também.
O filme é muito mais que apenas um reencontro de dois amantes que se afastaram por obstáculos da vida. É uma chance de refletir sobre todos os “se..” que perseguiram as imaginações deles durante esses nove anos (What if you had a second chance with the one that got away?). É sobre escolhas, frustrações, ilusões e desilusões. É sobre dois adultos um pouco desiludidos, mas ainda cheios de esperança. A diferença entre os dois filme é que enquanto o primeiro possui a impulsividade da juventude, este tem a experiência de vida, a maturidade.
O tempo é uma peça importante para a realidade narrativa que o filme passa, o casal tem pouco mais de uma hora para ficarem juntos, já que o avião do Jesse esta prestes a partir, e o filme é narrado esse breve espaço de tempo. Todo em tempo real e de forma muito satisfatória, através de vários planos-sequências (muito bem realizados) que juntos se completam formando o tempo exato que os personagens estiveram juntos. E que aliado a belíssima fotografia de uma Paris amarelada do pôr-do-sol deixa o resultado ainda mais espetacular, uma vez que juntando diversos planos filmados em dias diferentes dão a continuidade convincente que o filme necessita.
O fator realidade do filme não se resume apenas ao tempo, o roteiro foi escrito por Ethan Hawke e Julie Delpy em pareceria com o competente Richard Linklater, diretor do filme. E isso eu li em uma entrevista com o Linklater – que em um quarto de hotel, ainda durante as gravações do primeiro filme, eles tiveram a idéia, e durante mais ou menos um ano os atores foram mandando diálogos e monólogos através de email para ele, Linklater, que se encarregou de compilar as idéias e editar o roteiro. Ele afirma ainda nessa entrevista que não teve nada improvisado e que quase nada foi cortado, o que é um mérito incrível visto que não é fácil atingir o grau de realidade e simplicidade que tem esse longa através de um texto pronto que podia soar falso, a depender da competência dos profissionais envolvidos, o que não ocorre de forma alguma, pelo contrário chega a deixar a impressão de que foi tudo improvisado mesmo. Os planos-seqüências tornam-se ainda mais atrativos quando sabemos disso, não é fácil manter aquela naturalidade por pouco mais d 10 minutos, e ainda sem cortes, ou seja, prova da competência indiscutível dos ótimos Ethan Hawke e Julie Delpy e como não, do Richard Linklater também.
Merece ser visto, e até revisto.
Cotação: 10
Cotação: 10
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8 comentários:
Sempre tive MUITA vontade de ver esse filme!
Agora o porquê eu não vi ainda não sei rs
AUHUAHUH abraços cara!
Acho este filme simplesmente perfeito! A química entre Julie Delpy e Ethan Hawke continua impecável e o filme conta, para variar um pouco, uma história de amor real, com a qual a gente pode se identificar. E o que dizer do final dessa obra??? Maravilhoso!!!
Petter, assista que vc não vai se arrepender, o filme é belissimo. d uma sensibilidade incrivel e simples, mt bom.
Kamila, a química entre os dois é simplesmente uma das melhores que eu já, a naturalidade, a simplicidade no jeito que as coisa fluem, é incrivel mesmo. eh uma obra completissima msm!
Cara Skins arrebenta né?!
HUAHUAHUA muito bom, adoro!
Cara você sabia que a menina que faz a Effy é brasileira?
Se eu não me engano é do Sul rs, foda isso né?
Ela disse que adora vir pra cá e talz, mais foi criada lá.
To muito afim de ver uma temporada nova, mais não sei se vou curtir tanto quanto eu curtia esses skins, vai ser dificil ver skins sem a Cass, Chris, Jal, Chelle
Cass, principalmente ela pra mim melhor personagem que nem sempre está presente nos episódios mais agrega bastante trama á série, enfim muito foda!
Agora falando do filme, cê sabe se tem link pra baixar ele?!
Olha, para ser sincero nunca conferi essa obra.
Assisti Antes do Amanhecer quase todo, infelizmente não consegui terminá-lo. É um filmão filosófico, e deve ter a mesma essência que este.
Valeu pela lembrança, vou conferi-lo.
Já adicionei seu link no Cinema em Casa.
Abraço!
Prefiro "Antes do Amanhecer" que era mais emocionante, enquanto esse reserva poucas surpresas. Mas preciso revê-lo para tirar melhores conclusões, uma vez que eu o vi faz bastante tempo. Sem dúvida o destaque é o casal Hawke/Delpy.
Marcel. O filme é muito legal e faz uma justa continuação ao primeiro - que à época foi premiado em Berlim. Ethan Hawke está um pouco envelhecido, mas Julie Delpy continua linda; e, sua imitação de Nina Simone, cantarolando "Just in Time" é mágica.
Ramon, li em uma critica uma coisa q eu até concordo, parece que "Antes do Amanhecer" foi feito com a mera intenção de chegar até "Antes do Por do Sol". Vale mesmo a pena conferir os dois. Vlw por favoritar =D
Matheus, eu assisti "Antes do Por do Sol" pela primeira faz pouco tempo, é dele que lembro mais por isso é ele meu preferido por enquanto. Preciso rever "Antes do Amanhecer", da primeira vez que vi não achei tão bom quanto o segundo.
Jacque, a Delpy está realmente linda e essa cena que vc cita é maravilhosa mesmo, a naturalidade no jeito que tudo acontece ali é incrível.
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