3 de novembro de 2008
Última Parada 174
Título Original: Última Parada 174
País de Origem: Brasil
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2008
Direção: Bruno Barreto
O assalto ao ônibus 174, que terminou na morte de uma jovem e do assaltante, Sandro, é um dos episódios mais tristes e simbólicos quando se fala da violência no Rio de Janeiro atualmente. Para nós, cariocas que vivemos o momento e a angústia transmitida ao vivo pelas câmeras televisivas, ainda é difícil de digerir. Eu estudo atualmente bem próximo de onde o ônibus ficou parado e, obviamente, não dá pra não pensar que poderia sido eu uma das vítimas, se a tragédia demorasse mais alguns anos para acontecer.
Mas não estamos aqui para reclamar da violência (que é muito real) no Rio ou no Brasil hoje. Vamos ao filme.
Última parada 174, de Bruno Barreto (Voando Alto), retrata a história anterior ao assalto. O filme se propõe a mostrar a trajetória do assaltante Sandro, que se mostra bastante conturbada, envolvendo drogas, o assassinato de sua mãe, violência e prisão - como a de muitos jovens na nossa sociedade de hoje, infelizmente. A sua história cruza com a de outro jovem, Alessandro, tão conturbada quanto a dele, e esse cruzamento acaba por influenciar ainda mais todos os acontecimentos seguintes.
A trama do filme é, a meu ver, o que há de mais interessante. A vida de Sandro passa não somente pelo fatídico assalto, mas também por rebeliões de presídios e por um acontecimento tão terrível e marcante quanto o próprio assalto ao 174, o Massacre da Candelária. Entretanto o roteiro acaba se mostrando confuso, chegando ao ponto de conseguir confundir sobre quem é Sandro e quem é Alessandro. Destaca-se a atuação de Cris Vianna como a mãe de Alessandro que pensa que seu filho é Sandro, apesar de ficar um pouco caricata em sua fase beata. Os garotos que fazem Sandro e Alessandro na fase jovem/adulta se mostram consistentes, mas Walquíria, a dona da ONG, vivida por Anna Cotrim, acaba soando um pouco “tatibitati” em algumas de suas cenas.
O grande pecado do filme, entretanto, é justamente o fato de o assalto em si acabar realmente perdendo seu impacto – quando deveria ser o clímax. Por ser uma obra baseada em acontecimentos reais e retratar um dos mais marcantes episódios da violência atual, Última Parada 174 é um filme que deveria mesmo ter sido feito e deve ser assistido. Entretanto, mais como um alerta de como nossa sociedade está implodindo a si mesma do que como obra cinematográfica.
Mas não estamos aqui para reclamar da violência (que é muito real) no Rio ou no Brasil hoje. Vamos ao filme.
Última parada 174, de Bruno Barreto (Voando Alto), retrata a história anterior ao assalto. O filme se propõe a mostrar a trajetória do assaltante Sandro, que se mostra bastante conturbada, envolvendo drogas, o assassinato de sua mãe, violência e prisão - como a de muitos jovens na nossa sociedade de hoje, infelizmente. A sua história cruza com a de outro jovem, Alessandro, tão conturbada quanto a dele, e esse cruzamento acaba por influenciar ainda mais todos os acontecimentos seguintes.
A trama do filme é, a meu ver, o que há de mais interessante. A vida de Sandro passa não somente pelo fatídico assalto, mas também por rebeliões de presídios e por um acontecimento tão terrível e marcante quanto o próprio assalto ao 174, o Massacre da Candelária. Entretanto o roteiro acaba se mostrando confuso, chegando ao ponto de conseguir confundir sobre quem é Sandro e quem é Alessandro. Destaca-se a atuação de Cris Vianna como a mãe de Alessandro que pensa que seu filho é Sandro, apesar de ficar um pouco caricata em sua fase beata. Os garotos que fazem Sandro e Alessandro na fase jovem/adulta se mostram consistentes, mas Walquíria, a dona da ONG, vivida por Anna Cotrim, acaba soando um pouco “tatibitati” em algumas de suas cenas.
O grande pecado do filme, entretanto, é justamente o fato de o assalto em si acabar realmente perdendo seu impacto – quando deveria ser o clímax. Por ser uma obra baseada em acontecimentos reais e retratar um dos mais marcantes episódios da violência atual, Última Parada 174 é um filme que deveria mesmo ter sido feito e deve ser assistido. Entretanto, mais como um alerta de como nossa sociedade está implodindo a si mesma do que como obra cinematográfica.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
Também gostei do filme, mas possui obviamente algumas falhas...
Concordo que o assalto foi muito pouco explorado, na verdade enfocado no roteiro e enfocado pelo diretor como apenas mais uma parte da vida de Sandro...
Mas é um bom filme sim...
Concordo com você. O filme peca muito no final, que não tem impacto algum. Particularmente, adorei a maneira como a história foi apresentada, utilizando os personagens Marisa, Alessandro e Sandro e as muitas vezes em que as trajetórias deles se cruzaram.
quero muito ver esse filme, pelo trailer me pareceu conter uma realidade assustadora de tão verossimil, o documentário do Padilha, onibus 174 é muito bom apesar de meio longo. Enfim está na lista dos urgentes rsss abraço e te logo.
Não irá ser desta vez que o Brasil levará a estatueta!
Acho que "Última Parada 174" deve ser fraco em matéria de cinema, apesar do tema importante. Espero conferir em breve, nem que seja no DVD.
Postar um comentário