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28 de setembro de 2008

Minha Vida em Cor-de-Rosa

Jérôme (Julien Rivière) e Ludovic (Georges Du Fresne)

Título Original: Ma Vie en Rose
País de Origem: Bélgica / França / Inglaterra
Gênero: Dramédia
Ano de Lançamento: 1997
Diretor: Alain Berliner

Ludovic (Georges Du Fresne), é um garoto de 7 anos, que pertence a uma família de classe média, poderia ser apenas um menino absolutamente normal, como qualquer outro garoto da sua idade. Porém aquela criança retraída e cheia de dúvidas possui uma peculiaridade. Ele pensa que é uma garota, age como tal e até se veste quando tal, de vez em quase sempre, chocando todos os seus familiares e amigos. A aparente brincadeira transformou-se numa decisão de vida, Ludovic diz para quem quiser ouvir que vai tornar-se menina e quando crescer vai se casar com o Jérôme (Julien Rivière), filho do patrão do pai, Pierre Fabre (Jean-Philippe Écoffey). A novidade cai como uma bomba na pequena cidade em que ele mora com sua família. Mas o garoto não consegue entender o porquê de uma coisa que lhe parece tão normal seja completamente bizarro para as pessoas que o cercam. Inclusive para a sua própria família, que não sabe como agir diante do comportamento do filho e da reação dos vizinhos.

A mãe de Ludo, Hanna Fabre (Michèle Laroque), preocupa-se com tudo e com todos, mas acaba não percebendo que a sua própria compreensão sobre o comportamento do filho tem com limiar os olhos dos vizinhos: inicialmente, uma brincadeira que há de passar com o tempo. E o tempo passa, o que não passa são os gostos do garoto, que é obrigado a conviver numa família que não aceita o que não é padronizado, modelado. Numa família em que não existe momentos de pai-filho ou mãe-filho. Em que não se discute o que o garoto pensa, ou sente, apenas o pressiona para que ele se encaixe num modelo de vida que pra ele não faz sentido algum.

O excelente roteiro do filme concentra-se no ponto de vista da criança, porém não limitando-se ao universo dele. Os momentos de comédia, que ficam por conta das situações que o comportamento dele em público ocasiona, são oportunamente encaixados no drama da criança, que não consegue controlar seu desejo de ser menina. A ótima fotografia do filme brinca com cores chamativas e geralmente em tons de vermoelho e rosa, dando um ar mais feminino ao filme. Que além disso conta com a atuação maravilhosa do pequeno Georges Du Fresne, no papel de Ludo. O garoto dá um show e com muita segurança ele consegue transparecer a dúvida que ronda a cabeça do Ludovic. O filme conta ainda com as ótimas atuações da Michèle Laroque e do Jean-Philippe Écoffey, pais do garoto.

O que mais pesa no filme, que foi inclusive indicado ao BAFTA, Satellite Awards e foi o vencedor do Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, é a necessidade do diálogo com a infância, não apenas ouví-las, mas entender ou, quando não for possivel, aceitar que nem todo mundo é igual e segue um padrão do que seria o certo aos olhos da maioria.

Cotação: 8,5

7 comentários:

Anônimo disse...

Parece ser bem introspectivo e original (a começar pelo título). Bela descoberta e recomendação. Procurarei assistir.

Ciao!

Anônimo disse...

Pelo visto, um ótimo filme. Esperando pra poder vê-lo também. E você hein?! Muito bom!

Anônimo disse...

Já ouvi falar sobre o filme e sua opinião sobre a obra me deixou bastante curiosa em conferir "Minha Vida em Cor de Rosa".

Museu do Cinema disse...

Não conhecia o filme, mas gostei da trama.

Pedro Henrique Gomes disse...

Já disse antes que gosto do cinema Francês. Vou ver esse com certeza!

Abraço!

Anônimo disse...

Esse filme fez sucesso mesmo na época de seu lançamento, ganhou diversos prêmios como você disse. Tenho muita curiosidade em relação a esse "Minha Vida em Cor-de-Rosa", mas nunca o encontrei por aqui. Abraço!

Marcel Gois disse...

Wally, também muito original, fiquei muito curioso quando li a sinopse e não pensei duas vezes em assistir.

Samara, estou levando ele aí esse fds, dai você vai poder assistir.

Kamila e Cassiano, não deixem de conferir, vale muito a pena.

Pedro, também adoro o cinema francês, esse é muito bom, só o tema já promete bastante. Abraço.

Vinícius, eu só fiquei sabendo do filme há pouco tempo, o mesmo quanto ao sucesso que ele fez na época, só a sinopse foi suficiente para me deixar curioso, se por acaso encontrar ele por aí não deixe de assistir. Abraço.