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1 de agosto de 2008

Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet

Título Original: Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street

País de Origem: EUA / UK
Gênero: Musical / Thriller
Ano de Lançamento: 2007
Direção: Tim Burton

O filme conta a historia de Benjamin Barker (Johnny Depp) um barbeiro, que há 15 anos foi afastado de sua mulher Lucy (Laura Michelle Kelly) e da sua filha sendo mandando à prisão injustamente pelo inescrupuloso juiz Turpin (Alan Rickman), que desejava a bela Lucy. A história começa com a volta de Benjamin a uma Londres completamente sombria em busca de vingança. Ele descobre que sua esposa cometera suicídio e que sua a filha foi adotada pelo juiz Turpin. Barker se autonomeia Sweeney Todd e reencontra a sra. Lovett (Helena Bonham Carter), proprietária de uma falida loja de tortas, tornam-se cúmplice do barbeiro, e no andar de cima da loja agem assassinando pessoas inocentes que saem da cadeira de Todd direto para as tortas da sra. Lovett, que passam a ser reconhecida em toda a cidade. Paralelo a isso ainda mostra a história de amor proibido entre o marinheiro Anthony Hope (Jamie Campbell Bower) e Johanna (Jayne Wisener).

O roteiro passeia entre os dois núcleos tentando não deixar espaço para calmaria durante os 116 minutos de filme. Quando Todd e Mrs. Lovett terminam de cantar, a trama corta para uma música dos dois jovens ridiculamente apaixonados, e assim segue (ridiculamente porque a rapidez que isso acontece é difícil de engolir). Teoricamente o filme poderia muito bem seguir em um bom ritmo, mas as músicas são parecidas, o que dá a clara sensação de falta de ação, de seguimento. Só quanto a historia se desenvolve e o barbeiro mostra sua verdadeira personalidade é que o filme poderia melhorar e ficar bem mais interessante, mas o Burton peca aqui pelo exagero nos surpreendendo com um banho de sangue a la Tarantino extremamente exagerado pegando muita gente desprevenida.

Em meio a trama trabalhada pelo roteiro de John Logan (O Aviador) temos músicas, como todo mundo já deve saber, mas são muitas músicas mesmo. Um musical daqueles em que cantam até para dizer que uma barata está passando. Mas o que incomoda mesmo são os arranjos repetitivos das canções e até as músicas algumas repetidas inúmeras vezes (ouvir um jovem cantando "I seeee you, Johaaaaaanna" inúmeras vezes pode fazer o filme uma experiência cansativa ainda mais quando os atores não são realmente bons cantores, pelo menos a mim não agradou).

Johnny Depp não consegue construir um personagem a altura do demoníaco barbeiro da Rua Fleet. Justo o Depp, que eu sempre acho tão caricato nas suas atuações resolve aqui, onde ele deveria ser caricato e exagerado (seria aqui onde caberia um exagero), se policiar deixando muito a desejar. Helena Bonham Carter, também não canta, mas sempre pálida e com os olhos bem arregalados oferece mais veracidade construindo um personagem denso e sombrio, mas ingênuo a partir de certo ponto. Um nome que rouba a cena no filme é o de Sacha Baron Cohen, que em uma marcante participação surpreende com sua naturalidade em um papel pequeno, mas muito divertido.

O mérito do filme é a excelência técnica. A Londres no filme é completamente cinza, suja e desprezível, com uma fotografia monocromática que chega quase ao preto e branco em algumas partes, e que é essencial para o filme. E há ainda, em contrapartida ao preto e cinza, um vermelho bem vivo cada vez que jorra sangue (o que não é pouco). A direção de arte também é excelente, e fundamental para que entremos no clima da história. A montagem e a edição de som no primeiro encontro de Todd com o juiz na barbearia são ótimas, as vozes de Depp e Alan Rickman fundindo-se com os sons do material do barbeiro só aumentam o suspense. Enfim, em meio a tantas tragédias, salva-se alguns detalhes interessantes também.

Cotação: 6,5

11 comentários:

wendell disse...

eu gostei deste filme apesar do gênero musical não ser dos meus preferidos. Como você mencionou a montagem,a edição de som e as canções são muito boas.

Abraços!

Anônimo disse...

Também não gostei tanto desse filme quanto a maioria, apesar de ter ficado mais satisfeito com o resultado do que você. Realmente os grandes méritos são quanto à parte técnica, já que como musical é um pouco decepcionante mesmo (e concordo plenamente em relação ao "I see you, Johanna", que coisa cansativa!).

Abraço!

Anônimo disse...

"Sweeney Todd" é um filme belo do ponto de vista estético. Provavelmente, é a obra mais madura a ser dirigida pelo Tim Burton, mas também não gostei do filme tanto assim. Do elenco, acho que quem rouba a cena é o garotinho Edward Sanders, apesar de reconhecer que o Sacha Baron Cohen está ótimo!

Bom final de semana!

Sergio Deda disse...

Assistimos juntos no cinema e lembro que saímos ambos meio que frustrados da sala... esperava muito mais deste filme, por ser do Burton... mas sei lah.. não gosto muito de musicais e talvez o excesso de músicas tenha prejudicado..

vlws

Sergio Deda disse...

Marcel... pelo menos não foi tão ruim quanto o péssimo Falsa Loura que assistimos hoje
hauahuahauahauha
que filme ruim

Matheus Pannebecker disse...

Estranho que era pra eu ter amado Sweeney Todd e isso não aconteceu. É musical, tem Johnny Depp e direção de Tim Burton. Mas tudo me pareceu correto demais... Vale pelo lado técnico e pela marcante presença da Helena Bonham Carter.

Petterson Lima disse...

Cara, ignorando um pouco sua postagem pelo filme, tenho que falar como eu me divirto com o video da Robin HUAHUAHUAHUAHU

Nossa, que episódio engraçado de HIMYM cara, me divirto muito com essa série, a melhor meu :'D

Pedro Henrique Gomes disse...

O filme é bom, mas não é todo esse filmão que andaram dizendo. Inclusive, Dante Ferreti dá um show em Tim Burton.

Marcel Gois disse...

Wendell, também não sou um grande fã de musicais e sim eu adorei a parte técnica do filme, mas das canções eu não gostei muito não. =) Abraço.

Vinícius, good for us, que eles pelo menos souberam escolher os profissionais da parte técnica do filme. =D Abraço.

Kamila, realmente o Edward Sanders está excelente. Me pareceu bem seguro para um primeiro trabalho, espero que ele desenvolva uma ótima carreira. Potencial ele tem.

Serginho, lembro dessa frustração. Eu realmente esperava mais. Mas pelo menos não foi um "Falsa Loura" da vida hein? péssimo.

Matheus, a Helena é uma das coisas boas do filme que infelizmente deixou muito a desejar.

Petter, adoro a HIMYM.

Pedro, é o Dante provando o tamanho da versatilidade dele. De Kundun a Gangues de Nova York. De O Aviador a Sweeney Todd. O cara sabe o que faz. =)

Anônimo disse...

Olha, fui um dos poucos que AMOU esse filme! Adorei e vibrei com cada segundo. O visual, as atuações, a ironia, a poesia...não resisti.

Nota 9,0

Ciao!

Mundo de Séries disse...

Tão louco que ate gostei. O tim burton só faz filmes assim. Abraço ;)
http://mundodeseries.blogs.sapo.pt