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5 de junho de 2008

Bobby

Título Original: Bobby
País de Origem: EUA
Gênero: Drama
Ano de Lançamento: 2006
Direção: Emilio Estevez

Bobby narra a historia de 22 personagens, hóspedes/empregados do Ambassador Hotel, no dia em que Robert F. Kennedy (que teoricamente não é interpretado por nenhum ninguém, sim teoricamente, pois tem um ator, mas não mostram o rosto dele) foi friamente assassinado por um ativista palestino, Sirhan Sirhan, na cozinha do Hotel logo após o seu discurso. Os personagens são fictícios e envolvidos em tramas vazias e com pouca ou nenhuma ligação com o Booby. Como William H. Macy que é o gerente do hotel e é casado Sharon Stone, dona do salão de beleza do Hotel e tem um romance extraconjugal com a telefonista Heather Graham. Stone, como qualquer pessoa que cuida de salões de beleza, serve de ‘ouvido’ para os problemas pessoais de suas clientes entre elas a Lindsay Lohan, que está para se casar com o Elijah Wood, que se continuar solteiro aos 19 será enviado para combater no Vietnã, e ainda tem a Demi Moore, uma celebridade alcoólatra que tem sua carreira administrada por seu esposo, Emilio Estevez (diretor e escritor do filme).

Temos ainda o Martin Sheen (pai de Estevez) que é o par romântico da Helen Hunt, uma pessoa fútil que só consegue pensar em comprar um sapato preto para combinar com o vestido que ela vai usar no dia do discurso do Bobby. Já são 9 personagens e nem chegamos na cozinha do hotel ainda, onde encontramos o Laurence Fishburne (negro) e Freddie Rodriguez (latino – como ele mesmo se define) que são rigorosamente chefiados pelo preconceituoso Christian Slater. Voltando para um dos quartos ainda encontramos o Ashton Kutcher também hospedado no Hotel, ele é o responsável por apresentar a dois jovens as viagens proporcionadas pelo uso de LSD, novidade na época.

E ainda falta mais gente, a Svetlana Metkina que é uma repórter que tenta conseguir uma entrevista com o senador Kennedy. E por fim, o Anthony Hopkins, que confesso não tinha entendido qual era a função dele no filme, mas descobri, lendo uma sinopse, que ele é um porteiro aposentado que está ali para jogar xadrez (??) com seu amigo Harry Belafonte. Como já deu pra notar, o filme peca pelo excesso de tramas desnecessárias, extremamente vagas, com histórias vazias, supérfulas e mal exploradas, que serviu apenas para provar para o Emilio Estevez que o caminho dele com certeza não é a escrita. Diante de tantas histórias para desenvolver num tempo limitado, era de se esperar que o roteiro não desse conta.

Confesso que também não entendi qual o objetivo disso, (qual a relação de todas essas historias com o Kennedy?) e até me senti no meio de uma completa confusão como se eu tivesse prestes a arrumar o meu quarto, completamente bagunçado e sem saber por onde começar. Pelo menos o filme não chega a ser um completo fracasso, pois, apesar de nenhum destaque no meio de tantas celebridades, apenas o fato de ver tanta celebridade trabalhando juntas já é por si só, um atrativo (o que sinceramente acho que tenha sido essa a intenção). Além da bela trilha sonora e do trabalho do montador, que “arrumou a bagunça” da forma menos maçante possível, creio eu. Se bem que aqueles momentos intercalados de discursos são bem dispensáveis, mas isso não é culpa dele, não foi ele quem escreveu o filme.

Cotação: 7,0


Curiosidade: O Estevez sempre sonhou em levar às telonas a vida de Robert F. Kennedy. Bobby é fruto de um trabalho de sete anos do ator, diretor e roteirista Emilio Estevez. (oi?)

13 comentários:

Kamila disse...

No final, o que termina prejudicando "Bobby" é o seu grande elenco. Muitas vezes, eu me peguei pensando "quem será o próximo a aparecer?", no lugar de ficar prestando atenção na história do filme.

Anônimo disse...

Gostei um pouco mais desse filme do que você, aliás acho que o Estevez conseguiu um resultado emocionante com esse trabalho. É um tanto 'americano' demais em certos momentos, mas tem mesmo uma bela trilha sonora e montagem. Abraço!

Anônimo disse...

Quando o vi pela primeira vez minha impressão foi como a sua. Depois percebi pontos que havia ignorado antes. Achei um belo filme, apesar de acadêmico. Tem um desfecho comovente e um elenco primoroso, além de trilha impecável e produção técnica louvável.

Nota 8,0

Ciao!

Sergio Deda disse...

Postei pelo pc de meu irmão
hauahuah
veja lah dps
rpaz.. Bobby eh um filme que nunca senti muito interesse em assistir, mas quem sabe um dia..

abraço

Rogerio disse...

Marcel, eu gostei bastante do filme. Nao acho que as tramas paralelas tenhas sido exageradas e fora do contexto do assassinato.
Na verdade o objetivo era esse mesmo, de mostrar as pessoas que estavam ali naquele dia, e nao o assassinato em si.

Emilio fez um ótimo trabalho na direção do longa, sem atropelar nenhum detalhe importante.

Abs!

Pedro Henrique Gomes disse...

Ainda não vi Bobby, mas com um elenco tão bom o filme nunca(ou raramente) consegue ser a altura.
Mas a Lindsay é linda....

Matheus Pannebecker disse...

Realmente é um filme que não empolga. Poderia ter feito muito mais, se não tivesse medo de arriscar. O que salva é o elenco, em especial Freddy Rodriguez, Helen Hunt e Sharon Stone.

Vinicius da Costa disse...

Esse é um tipo de filme que eu nao me interesso a ver.

Isabela disse...

Eu gostei até desse filme, porém acho que seu defeito foi mais pelo fato dele retratar um período tao curto de tempo, e talvez para preencher as horas do longa, ele acabou se tornando excessivamente lento. Mas acredito que é uma boa história com boas atuações.

Breno Adegas disse...

Eu concordo plenamente com o que vc diz sobre ter gente demais ali. tem mesmo e acaba que por isso nao se desenvolve bem nenhum dos personagens. Adorei a comparacao com o quarto, depois q li pensei exatamente a msm coisa.
Uma pequena observacao, nao reconheci a stone qnd vi o filme (lerdo, eu sei).

Breno Adegas disse...

atualizei o blog, by the way =D

Ygor Moretti disse...

Gostei do filme sim, e acho que o uso de um elenco tão numeroso e de tanta qualidade foi para mostrar como tal acontecimento influenciou na vida de pessoas que bem dizer... não tinham nada a ver com Bobby...

No entanto JFK, que fala de um assunto parecido, é muito melhor e tem uma abordagem muito mais realista e provocativa...

Ramon disse...

Olha, eu entendi a inteção do Estevez, só que não achei nada tão significativo.
O elenco é realmente estupendo, e salva o filme. A direção de Estevez é bastante digna, e mostra a vontade dele em seguir essa carreira.
Acredito que Bobby deva ter tido uma repercussão mais forte nos Estados Unidos. Pois o Kennedy, como bem representado no filme, era mesmo uma esperança para os americanso, frustrados em ter o Kennedy presidente brutalmente assassinado.