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23 de janeiro de 2015

Filmes Lançamentos: A Entrevista

Entenda a controvérsia gerada entre a Sony, o governo dos EUA e da Coréia do Norte.


A Entrevista


Comédia - 2014 (Estados Unidos)
Data de Estreia no Brasil: 29/01/2015
Distribuidora: Sony Pictures

Direção de Seth Rogen e Evan Goldberg

Elenco: Seth Rogen, James Franco, Randall Park, Lizzy Caplan, entre outros.
Roteiro: Seth Rogen Evan Goldberg


Dave Skylark (James Franco) e seu produtor Aaron Rapoport (Seth Rogen) conduzem o popular programa de TV sobre celebridades “Skylark Tonight”. Quando descobrem que o ditador norte-coreano Kim Jong-Un é fã do show, eles marcam uma entrevista com ele na tentativa de conseguirem sua aprovação como jornalistas sérios. Mas quando Dave e Aaron se preparam para viajar à Pyongyang, seus planos mudam no momento em que a CIA os recruta, mesmo sendo os homens mais desqualificados possíveis, para assassinar Kim Jong-Un.


Ratings: 


Até a data de hoje, no IMDB, com mais de 143 mil votos, o filme rankeou com uma nota de 7,1/10. Enquanto no Rotten Tomatoes o filme tem 52% de aprovação baseado em  89 críticas, com uma média de 5,8/10. E no Metacritic, o filme alcançou 52 pontos de 100, baseado em 31 críticas.

Jordan Hoffman do The Guardian deu ao filme 3 de 5 estrelas e disse: "Se este filme não essencial, mas agradável, realmente desencadeou uma resposta internacional, esta é a vida refletindo a arte de uma forma significativa".

Scott Foundas do Variety pintou o filme como um "afogamento cinematográfico" e disse que ele é "quase tão engraçado quanto uma escassez de alimentos no comunismo, e tão prolongada quanto", mas elogiou o desempenho de Randall Park e Diana Bang.

Mike Hale do The New York Times também elogiou Park and Bang, mas escreveu que "depois de ver "A Entrevista" e o tumulto que sua mera existência tem causado, a única reação sensata é espanto para o enorme desconexão entre a inocuidade do filme e a crueldade da resposta".

A Entrevista estreia no Brasil, no dia 29 de janeiro de 2015 e marca o reencontro de James Franco, Seth Rogen e Evan Goldberg nas telonas. O trio tabalhou juntos em "Segurando as Pontas" e "É o Fim".


Controvérsia:


Em 20 de junho de 2014, Kim Myong-chol, um porta-voz não oficial do governo norte-coreano, disse que o filme "mostra o desespero do governo dos EUA e da sociedade americana" (...) "um filme sobre o assassinato de um líder estrangeiro reflete o que os EUA fez no Afeganistão, Iraque, Síria e Ucrânia". 

Em 25 de junho de 2014, a Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA), a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, informou que o governo prometeu uma impiedosa retaliação se o filme fosse lançado, afirmando que "fazer e liberar um filme que retrata um ataque à nossa maior liderança é um ato de terrorismo e guerra e não vai ser tolerado". 

Em 11 de julho de 2014, o embaixador das Nações Unidas, Ja Song-nam, da Coreia do Norte, condenou o filme dizendo que "a produção e distribuição de um filme como este, sobre o assassinato de um chefe titular de um Estado soberano, deve ser considerado como o patrocinador mais indisfarçável de terrorismo, bem como um ato de guerra". Em 17 de julho de 2014, a KCNA escreveu ao presidente dos EUA, Barack Obama, pedindo para ter a estréia do filme cancelado.

Em agosto de 2014, logo após o lançamento, o filme foi adiado para 25 de dezembro. Foi relatado que a Sony tinha feito alterações pós-produção do filme para reduzir a sua insensibilidade para com a Coreia do Norte e que estas alterações incluíram modificações nos modelos de broches usados pelos personagens, originalmente modelado a partir de broches reais usados por militares norte-coreanos, além de planos para cortar uma parte da cena da morte de Kim Jong-un.

Seth Rogen previu que o filme iria causar uma revolução no país e dias depois o "Business Insider" informou que havia uma grande demanda por cópias piratas do filme na Coreia do Norte.

Em dezembro de 2014, hackers emitiram um alerta ameaçando atacar a estréia do filme em Nova York, afirmando: 

"Vamos mostrar claramente a você, no mesmo momento e lugar em que "A Entrevista" será exibido, como o destino daqueles que procuram diversão no terror deve ser condenado. Logo todo o mundo vai ver o que um filme horrível da Sony Pictures Entertainment fez. O mundo vai estar cheio de medo. Lembre-se do 11 de Setembro de 2001. Recomendamos que você mantenha-se distante dos lugares na época. (Se a sua casa está próxima, é melhor você ir embora.) O que acontecer nos próximos dias é responsabilidade da ganância da Sony Pictures Entertainment."

A Sony então cancelou a estréia em Nova York e mais tarde naquele dia, outras grandes redes de cinema, incluindo AMC, Cinemark, Cineplex, Regal, entre outras, cancelaram a exibição do filme supostamente sob a pressão dos shoppings onde muitos cinemas estavam localizados, que temiam que o ameaça terrorista prejudicassem suas vendas.

No mesmo dia, a Sony declarou que não tinha planos para lançar o filme em qualquer plataforma, incluindo vídeo doméstico. 

Em 18 de dezembro, mais duas mensagens foram liberados. Uma delas, enviada em uma mensagem privada para executivos da Sony, afirmou que os hackers não iria liberar mais informações se a Sony nunca liberasse o filme. A outra, postou no Pastebin, um aplicativo usado para o armazenamento de texto que os Guardiães da Paz usaram para mensagens anteriores, afirmou que a Sony tinha "sofrido o suficiente" e que poderia liberar o filme, mas somente se a cena da morte de Kim Jong-un não fosse "muito feliz". A mensagem também ameaçou que, se a Sony fizesse outro filme antagonizando a Coréia do Norte, os hackers "estariam prontos para lutar".

O cancelamento afetou ainda outros filmes que retratam a Coreia do Norte e a Sony recebeu críticas por cancelar o lançamento do longa. 

Peter Bradshaw do The Guardian escreveu que era uma "derrota americana sem precedentes" , mas que "a Coreia do Norte iria sentir o gosto da assombração do bullying que praticaram com eles". 

Em conferência de imprensa, o presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou que, embora ele fosse simpático com a necessidade da Sony em proteger os trabalhadores, achou que a Sony tinha "cometido um erro. Não podemos ter uma sociedade na qual algum ditador em algum lugar possa começar a impor a censura nos Estados. Eu gostaria que eles tivessem falado comigo primeiro eu teria dito: não demonstrem que estão intimidados"

O presidente da Sony afirmou que o cancelamento foi em resposta à recusa das redes de cinema em exibir o filme, não às ameaças dos hackers, e que a Sony iria procurar outras maneiras de distribuir o filme. Afirmou ainda que a empresa "é e sempre tem sido fortemente comprometida com a Primeira Emenda: A liberdade de expressão nunca deve ser suprimida por ameaças e extorsão."

E justamente por isso o filme foi finalmente lançado.

Confira o trailer final abaixo:



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