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27 de junho de 2009

Cine News #5 | Especial Selton Mello

Overdose de Selton Mello
Tudo começou com "Uma Escola Atrapalhada", filme de Del Rangel, co-escrito por Renato Aragão e com a participação da Angélica. Essa foi a primeira vez que vimos o Selton Mello nos cinemas. Mas foi 10 anos depois que aconteceu a 'explosão' dele nos cinemas e de 2000 pra cá o ator participa de pelo menos 1 filme por ano. Em 2000 foi o "O Auto da Compadecida", que era pra ter sido apenas uma minissérie da Globo mas fez tanto sucesso que acabou ganhando versão para o cinema. Acontecimento que se repetiu em 2001 com a minissérie "Caramuru - A invenção do Brasil". Nesse mesmo ano ele ainda protagonizou o poético "Lavoura Arcaica", pra mim um dos melhores e mais bonitos filmes nacionais já feito e a melhor atuação do Selton Mello, até então, e que inclusive lhe rendeu a primeira de 4 indicações do Grande Prêmio Cinema Brasil. (lembrando que ainda não vi "Garotas do ABC" que há quem diga que é a melhor atuação dele). Em 2003 ele participou do primeiro filme do Guel Arraes que foi feito especificamente para o cinema, "Lisbela e o prisioneiro".

Em 2004 ele contribuiu com os filmes "Garotas do ABC" e "Nina". Em 2005 ele apareceu na comédia "O coronel e o lobisomem", 2006 no drama "Árido movie" e em 2007 no elogiado "O cheiro do ralo", pra mim o segundo melhor trabalho do ator. No ano passado o Selton foi o protagonista de "Meu Nome não é Johnny" e participou do filme "Os Desafinados", que ainda conta com Rodrigo Santoro e Cláudia Abreu. Mas foi em 2009 que aconteceu a tal 'overdose'. Achando pouco o lançamento de "A Mulher Invisível" no dia 05 de Junho, os produtores de "Jean Charles" e "A Erva do Rato" resolveram lançar os dois filmes no mesmo dia. Ontem, dia 26 de Junho. O primeiro chegou nos cinemas de quase todo o país e o segundo se limitou aos cinemas de Rio e Sampa, mas logo deve chegar em outras capitais.

Ele falou recentemente sobre toda essa exposição que está acontecendo com ele e disse ao G1 que essa overdose foi tudo que ele sempre tentou evitar, mas que por um lado seria bom, porque logo logo passa e ele fica sem fazer nada por um tempo. Mas vai demorar um pouco até que esse tempo em que ele está 'sem fazer nada' se reflita nas telonas, já que o processo de produção de um filme é demorado e vários trabalho que ele já finalizou ainda nem foram lançados. Um exemplo disso é o "Federal", de Erik Castro, que deve ser lançado ainda em setembro desse ano e contará a história de um perigoso traficante que se instala em Brasília, capital federal e para pegá-lo, a polícia fará o que for preciso.


Selton Mello e Otávio Muller em "Reis e ratos"

No próximo ano ele ainda deve voltar com mais dois filme, "Lope de Vega" novo filme do Andrucha Waddington, que ainda conta com Sônia Braga. Deve ser lançado no segundo semestre do próximo ano. E com "Reis e ratos", nova parceria com Mauro Lima, diretor de “Meu nome não é Johnny”, que conta ainda com a participação de Rodrigo Santoro, Cauã Reymond e Otávio Muller. Esse foi, inclusive, o trabalho mais recente dele. Filmado em apenas 17 dias e com uma pré-produção de apenas 3 semanas, o longa sofreu com as limitações na verba mas mesmo assim conseguiu ser finalizado com a ajuda e compreensão de toda a produção inclusive dos atores que aceitaram receber à prazo. “Reis e ratos” é sobre um agente da CIA enviado ao Rio de Janeiro que, depois de beber chope, experimentar pastel de camarão e se casar com uma brasileira, não quer mais voltar aos Estados Unidos.



E por falar em A Erva do Rato...
O filme que já passou pelo Brasil no ano passado (nos festivais de cinema do Rio e de São Paulo), trata-se de uma adaptação livre de dois contos de Machado de Assis, "A Causa Secreta" e "Um Esqueleto". Como disse o diretor Júlio Bressane (Cleópatra) o filme "não é uma adaptação de Machado de Assis, e sim uma tradução em imagens de seu espírito". Com a ajuda da Rosa Dias na direção, Bressane funde dois elementos dos contos Machadianos: a relação do homem com a morte e a incompreensível relação que esse estabelece com os animais. No filme, Ele (Selton Mello) e Ela (Alessandra Negrini) caminham por um cemitério à beira-mar onde Ela passa mal e desmaia. Ela, professora, com o pai morto há apenas três dias, não tem mais ninguém no mundo e diante de tal situação, Ele se propõe a cuidar dela enquanto for vivo. Este é o início de uma estranha relação. O filme chegou a ser exibido no 65o Festival de Veneza na seção "Orizzonti", que contou com a presença dos diretores e da atriz Alessandra Negrini. Pelo que se sabe, cerca de 200 lugares estavam ocupados, e pouca gente deixou a sessão antes do final do filme.

Falei espicificamente desse filme pra dizer que sou fã dos contos de Machado de Assis e sempre que leio fico com vontade de assistir aquilo que acabei de ler. O jeito como ele escreve atrai de tal forma que parece ter sido feito justamente para um adaptação. Seja teatral ou cinematográfica. Penso, e espero, que muitos cineastas brasileiros passem a explorar mais o potencial da literatura Machadiana que merecer ser não só lida mas também assistida.



Bônus: Pra nao dizer que nao falei das flores.
Pra não ouvir 'reclamação' (até parece rsrs) do tema limitado desse post, que aliás era pra ter sido sobre o cinema brasileiro e não apenas sobre o Selton Mello, resolvi acrescentar esse filme que me chamou atenção pela trama inusitada.

Na minha pesquisa para o post vi que segundo o imdb o Selton Mello teria participado do filme "Reflexões de um Liquidificador", mas que segundo a continuação da minha pesquisa ele não está no longa que conta a história de um liquidificador que pensa e conversa com sua proprietária, Elvira, uma senhora já da terceira idade. Logo descobrimos que os dois, Elvira e liquidificador, são cúmplices de um crime: o assassinato de Onofre, o marido de Elvira, que depois foi moído no liquidificador. Num tom de humor negro e sarcasmo, ficamos conhecendo como o liquidificador adquiriu vida, ao ser reformado por Onofre, quando o casal era dono de um pequeno bar, a Vitamina da Elvira. A história do casal é intercalada com o medo que Elvira tem de ser descoberta pela polícia, e o aconselhamento e reflexões do sábio eletrodoméstico.

Filmado em seis semanas e um dia, o longa tem roteiro de José Antônio de Souza. O filme é dirigido por André Klotzel e conta com as participações de Ana Lucia Torre, Germano Haiut, Aramis Trindade, Fabiula Nascimento, Marcos Cesana, Gorete Milagres e Zé carlos Machado. Essa foi a primeira vez que o diretor André Klotzel filmou o roteiro de outra pessoa. O filme está em fase de pré-produção e ainda sem data de estréia.

10 comentários:

Airton disse...

cara esse mes ele ta em tres
suashaushau
foda nao
federal eu queru mto ver

abraçoo

Lúdia disse...

Noussa... Esse do liquidificador parece ser muito legal...
quero assistir.

Matheus Pannebecker disse...

Adoro Selton Mello. Pena que vi poucos trabalhos dele...

Kamila disse...

Para mim, o Selton Mello é o melhor ator brasileiro da atualidade. Admiro-o por ser um ator estritamente de teatro e de cinema, sem se "vender" ao esquema televisivo. E ele sempre está envolvido em projetos de alto nível e valoriza o nosso cinema, ao contrário de outros, que buscam carreiras lá fora. Selton tem meu total respeito!!!

Anônimo disse...

Eu acho negativa essa repetição. Precisa dar um tempo no cinema, pq senão acaba causando uma overdose. O cinema brasileiro está em uma ótima fase, mas precisa diversificar seus atores.

Vinícius P. disse...

Como gosto muito do Selton Mello, adorei essa overdose de informações sobre seus projetos mais recentes ;-) "A Mulher Invisível" parece que não foi tão bem sucedido, mas estou curioso mesmo assim. "Jean Charles" teve sérias críticas, mas talvez seja o filme mais interessante dessa fase do ator. Já "A Erva do Rato" eu quero ver desde que esteve em Veneza. (aliás, corrige aí, hehehe: "na seção "Orizzonti", que contou com a PRESENÇA").

E fiquei bem curioso em relação a esse último filme.

Abraço!

Pedro Tavares disse...

A repetição é negativa, até pq eu acho que ele não consegue fugir muito de um método de interpretação, mesmo com uma mudança drástica de gêneros. Mesmo assim, me interesso por Jean Charles, A Erva do Rato e Federal!

Marcel Gois disse...

Corrigido, Vinícius. Valeu. =)

Museu do Cinema disse...

Eu não aguento mais ouvir falar em Selton Mello, e olha que gosto do trabalho do cara!

Lucas disse...

Realmente Selton Mello tem feito uma grande quantidade de filmes... EU nao vi muitos deles, mas nos que assiste ele fez um ótimo trabalho, assim como costuma fazer na TV! Tb nao podemos deixar de levar em conta a evolução dos filmes nacionais nos ultmos anos!